Mais um filme de guerra americano. Mais um herói de guerra.
Mais do mesmo? Não, sem dúvida que não. Clint Eastwood é um mestre da sétima
arte e a passagem da frente para trás das câmaras só veio beneficiar a
industria. Mais um vez, como já nos habituou, as suas personagens mostram uma
complexidade acima do normal, muito mais se considerarmos filmes de guerra, e é
muito por esta razão que gosto dos filmes de Eastwood. Tal como em Cartas de
Iwo Jima e Bandeiras dos Nossos Pais, não vemos aquele hollywoodismo exagerado
com tudo a explodir e bocados de corpos por todos os lados. Antes, aborda muito
o lado psicológico e emocional dos conflitos armados e as consequências daí
decorrentes. Parecem-me filmes muito mais em contacto com a realidade.
Neste filme, baseado em eventos reais, Chris Kyle (Bradley
Cooper) é um patriota que teve uma educação rígida e com valores muito bem
definidos. Quando chega o momento de defender o seu país, Chris torna-se um sniper
de elite responsável por salvar inúmeros soldados americanos na guerra do
Iraque. Mas a guerra entra-lhe nas veias e não é fácil voltar para casa!
Bradley Cooper tem uma interpretação perfeita. Começa por
ser um cowboy texano mas acaba por tornar-se um sniper de elite e uma
referência para imensos soldados. Pelo meio nunca perde aquele modo de ser
calmo e responsável, como quem quer salvar o mundo. A sua pronuncia é, também,
muito marcada e, disseram-me, que Eastwood costumava gozar com Cooper porque
este nunca saiu de personagem enquanto duraram as filmagens.
Sniper Americano é, para mim, um dos filmes do ano.
American Sniper - Trailer
IMDB
Rotten Tomatoes
RECOMENDO A QUEM GOSTA DE VER MAIS DO QUE TIROS E EXPLOSÕES
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