Tenho dificuldades em resumir a minha desilusão com este
filme, de tão grande que é. Ao fim de uma hora estava pronto para vir embora do
cinema! Mas que raio!!! Quem é que pensou que uma hora de drama pai/filha
acrescentava algo de útil à história? E será que Matthew McConaughey alguma vez
na vida saberá fazer um boneco diferente daquele "pintas" texano? Até em Clube de
Dalas, tão aclamado e premiado que foi, Jared Leto lhe mostrou como se
representa aquela personagem! E aquela penúltima cena da reunião familiar,
aquilo faz sentido a alguém depois da motivação de Cooper (McConaughey) durante
a viagem? Isto para não falar do “plano A/plano B” que só uma pessoa sabia do
que realmente se tratava em toda uma organização gigantesca que supostamente
iria salvar os pobres terráqueos! Quanto aos conceitos astrofísicos do filme,
não querendo, obviamente, pôr em causa Kip Thorne, achei que quiseram abordar de
tudo para que o filme fosse considerado como estando na vanguarda da ciência
mas o resultado foi umaenorme salgalhada
que perturba o entendimento da trama para, seguramente, mais de 99% dos
espetadores. Não será por acaso que apenas foi nomeado em categorias
técnicas. Talvez até ganhe uma ou outra estatueta, nomeadamente, efeitos
visuais e banda sonora não seriam desmerecidas.
Chateia-me que este filme tenha
a assinatura de Christopher Nolan, foi a primeira vez que não gostei dum filme
dele e depois da surpresa positiva que foi Gravidade há um ano, esperava muito
mais deste, dentro do género!
Para quem esteja interessado, existem umas boas infografias
que explicam o horizonte temporal do filme. Deixo-vos esta bem simples.
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