Pela primeira vez lancei-me na leitura duma obra de Rui
Zink. Não que tenha comprado o livro, que mo tenham oferecido ou que o tenha
pedido emprestado a alguém, antes, fui “forçado” a lê-lo! Fiz um acordo com a
Tania, livro sim livro não, leríamos um indicado pelo outro e da sua coleção.
Resultado, eu li um livro da coleção da Tania e indicado por ela. Ela não leu o
livro que eu lhe indiquei da minha coleção (nem vai ler nenhum que eu lhe
indique!). E assim correm o acordos naquela casa!
Sempre gostei da personagem Rui Zink. Era um fã da Noite da
Má Língua (como agora não perco o Governo Sombra). Gosto da inteligência,
capacidade argumentativa e sarcasmo postos ao serviço do humor e da sátira na
análise da sociedade. Descobri que também é muito criativo e sabe
construir um texto de forma a que as aparências iludam. Gostei muito deste
livro, a sensação com que li o (enorme) primeiro capítulo, e a perceção que tive da
história, foram completamente diferentes das com que o acabei. Tão brincalhão
que é Rui Zink! Escreve bem, como não poderia deixar de ser, se bem que me
irrita a quantidade de parêntesis que coloca. Admito que alguém possa achar
engraçado e muito rico, a mim quebra-me a concentração, quebra-me aquela coisa
boa que é estar completamente mergulhado na história e perdido do tempo real.
Talvez seja eu que sou limitado!!!
Quanto ao livro, conta a história dum homem que se desloca a
um local algo surreal e desconhecido com o intuito de morrer. Ou será que não é
bem isto?
RECOMENDO O AUTOR E O LIVRO