Confesso que este filme só me chamou a atenção pela nomeação
de Robert Duvall para o Óscar de Ator Secundário, de outra forma nem o
teria visto. E, em boa verdade, não teria perdido nenhuma obra prima! É uma
história mais do que batida no cinema, a relação difícil e quase inexistente entre
pai e filho modifica-se quando, após a morte da mulher do juiz Joseph Palmer
(Robert Duvall) e mãe de Hank Palmer (Robert Downey Jr.), Hank visita a família
para presenciar o funeral da mãe. A morte da mulher deixa o juiz alterado e o
que se passa de seguida força um relacionamento entre pai e filho tanto a nível
profissional, porque Hank é um brilhante advogado, como a nível familiar e
sentimental.
Nada no filme me parece mau, tal como nada é excecionalmente
bom. Como disse, a história já está muito vista embora tenha um ritmo agradável
e algumas surpresas que quebram a monotonia do drama foleiro que poderia ser. O
argumento não impressiona, tal como a realização. Os meios técnicos não são
relevantes. Mas este filme tem um chamariz, reúne um conjunto de atores de
nomeada. Pessoalmente, a maioria não me fascina mas sou apreciador do currículo
de Robert Duvall e, há que dizer, mais uma vez não desilude, antes pelo
contrário. Em grande nível, Duvall chega a impressionar em determinada altura. Com
sete nomeações e um Óscar em carteira, não me choca que não vença este ano,
particularmente este ano em que a categoria está preenchida com atores e
representações de excelência à qual Duvall também acrescenta muita.
O Juiz não é, para mim, um dos filmes do ano.
The Judge - Trailer
Rotten Tomatoes
RECOMENDO SE NÃO HOUVER MAIS NADA PARA FAZER
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