sexta-feira, 14 de junho de 2013

Feira do Livro de Lisboa, 2013

Começo como comecei no ano passado: Mais um ano, mais uma visita. Encerrou no passado dia 10 a 83ª edição da Feira do Livro de Lisboa e este ano mudámos a estratégia! No ano passado tinham lançado a novidade “Hora H” mas nós, desconfiados que somos, nem quisemos saber do que se tratava. Fizemos mal porque havia €€€ a poupar. Este ano a estratégia passou por dar umas voltinhas, apreciar o ambiente, tirar umas referências aqui e ali mas não comprar nada até que numa quarta-feira, entre as 22h00 e as 23h00, atacámos em força e o resultado foi este...


Para quem não está familiarizado, a Hora H consiste em preços especiais entre as 22h00 e as 23h00 (hora de fecho da feira), de segunda a quinta. Os preços especiais são diferentes de editora para editora mas pode-se dizer que é uma espécie de 50% sobre o PVP para todos os livros que não os mais recentes. É de aproveitar.

Apesar das várias aquisições e dos bons descontos, sinto que este ano não aproveitei bem a feira. Só lá fui 3 vezes, não falei com nenhum autor e passei lá pouco tempo. Talvez tenha sido bom para que no próximo ano tenha mais vontade de passar lá mais tempo.

Quanto aos livros comprados por mim destaco A Queda dos Gigantes, de Ken Follett. Um autor que se tornou famoso por policiais não será, certamente, um ídolo meu mas também escreve romances históricos, género que aprecio, e dizem que os escreve com qualidade e rigor histórico. Este é o primeiro livro de uma trilogia que acompanha as vivências de 5 famílias durante o “século do povo”. Uma família americana, outra russa, outra alemã, outra inglesa e finalmente uma escocesa. Promete!
Outro que promete é A Cidade Impura, de Andrew Miller. O cenário é o fim do período setecentista parisiense em que um engenheiro é chamado à corte para planificar e executar a demolição do cemitério e igreja d’Os Inocentes. Gosto deste período de pré revolução francesa. Vamos ver como Miller consegue retratar o ambiente de agitação social da época e a indiferença da corte.
O mais “certo” que comprei foi O Castelo, de Franz Kafka. Certo porque Kafka é, talvez, o meu autor favorito. Já li A Metamorfose, O Processo e Carta ao Pai. Este será uma excelente adição à minha estante Kafkiana.
Por último, comprei um livro que tinha debaixo de olho há algum tempo e que me parecia interessante. O romance de estreia de Pedro Almeida Vieira, Nove Mil Passos. Este livro tem como pano de fundo a construção do Aqueduto das Águas Livres de Lisboa ao mesmo tempo que serve para o autor mostrar o quotidiano da Corte e da sociedade da época. Estava entusiasmado mas quando me deparei com o livro vi que estava marcado a um preço bastante reduzido (menos de 4€) sem qualquer desconto. Quer queiramos quer não, acaba por ser uma redução das expectativas formadas, embora não devesse ter qualquer influência. Quando o for ler já não me lembro disto.

Carrinho de compras - Filipe
Presença - Ken Follett - A Queda dos Gigantes
Presença - Andrew Miller - A Cidade Impura
Livros do Brasil - Franz Kafka - O Castelo
Sextante - Pedro Almeida Vieira - Nove Mil Passos
Porto - Valerio Massimo Manfredi - Idos de Março
Padrões Culturais - Adolf Hitler - A Maior Luta da História
Padõres Culturais - Karl Marx e Friedrich Engels - Manifesto Comunista

A Tania fez outras escolhas, naturalmente. Uma pulga que já há algum tempo tinha atrás da orelha era A Questão Finkler, de Howard Jacobson. Este vencedor do Man Booker Prize de 2010 acabou mesmo por vir para casa. Um livro que parece contar a história de um homem em plena crise de meia idade com a questão judaica à mistura. Dizem que Howard Jacobson escreve bem mas nenhum de nós o conhece. Esperemos que o prémio seja um bom prenuncio mas não deixa de ser uma aposta.
Não premiado mas amplamente conhecido é o livro de Tim Burton, A Morte Melancólica do Rapaz Ostra e Outras Historias. À primeira vista pode ser considerado um livro infantil pelas ilustrações deliciosas que tem mas, tendo em conta a mente distorcida de Burton, será certamente um conjunto de histórias de terror em formato de poema. Sou um fã d’A Noiva Cadáver e de Vincent, por isso estou ansioso para ler este livro.
Acabo com dois livros do Nobel de 2010, Mario Vargas Llosa, o novo ídolo da Tania. Ficou fã depois de ler Travessuras da Menina Má e acabou por trazer Lituma nos Andes e A Tia Julia e o Escrevedor. O primeiro recupera o militar investigador Lituma presente n'A Casa Verde e Quem Matou Palomino Molero?. A Tia Julia e o Escrevedor terá um registo diferente, menos policial, mais romance de critica social. Apesar do fascínio da Tania por Vargas Llosa, confesso que não me entusiasma pese embora ainda não tenha lido nada dele. Tenho algo contra a escrita dos sul americanos conceituados que não sei muito bem explicar o que é! Soam-me todos a sentimentalistas demasiado descritivos... perco a paciência. Também é verdade que conheço pouco mas já li o guru deles, Gabriel García Márquez e desiludiu-me sobremaneira. Enfim, talvez tenha sido uma má experiência. Terei que voltar à carga mas atualmente os meus interesses são outros.

Carrinho de compras - Tania
Porto - Howard Jacobson - A Questão Finkler
Saída de Emergência - Irvin Yalom - Mentiras no Divã
Qetzal - Irvine Welsh - Crime
Qetzal - Richard Yates - Onze Tipos de Solidão
Qetzal - Julian Barnes - O Sentido do Fim
D. Quixote - Mario Vargas Llosa - A Tia Julia e o Escrevedor
D. Quixote - Mario Vargas Llosa -Lituma nos Andes
Cavalo de Ferro - Flannery O'Connor - O Céu é dos Violentos
Antígona - Tim Burton - A Morte Melancólica do Rapaz Ostra e Outras Histórias

Dimensão do estrago:
16 livros comprados
PVP acumulado - cerca de 248 €
Valor pago acumulado - cerca de 120 €
Poupança total - cerca de 128 €
Custo médio por livro - cerca de 7,50 €
Desconto médio por livro - cerca de 52%

Site da Feira do Livro de Lisboa
Feira do Livro de 2011
Feira do Livro de 2012

RECOMENDO... SEMPRE

terça-feira, 11 de junho de 2013

Great American Disaster

Na semana passada, para aproveitar a Hora H na Feira do Livro de Lisboa (tema para um próximo post), decidimos jantar por Lisboa e o Great American Disaster veio mesmo a calhar porque fica lá perto, porque já há algum tempo que queria lá voltar e também porque a TZ não conhecia.


Quando entramos somos transportados para os dinners tipicamente americanos dos anos 1950. Tudo foi pensado ao pormenor! As mesas, as cadeiras, as fardas dos empregados, as ementas e até os posters nas paredes que promovem o turismo em cidades americanas. Tudo muito fifties. O menu tem pizas, hambúrgueres e bifes, como não poderia deixar de ser. As batatas fritas e os batidos também são tradicionais. O problema começa com a chegada da comida, as expectativas altas não são correspondidas, nem de perto nem de longe!!! Bife queimado, batatas fritas cruas, salada seca e sobremesa congelada. Nem a espetacular vista para a rotunda do Marquês amenizou a desilusão!

Não ser caro não desculpa a fraca qualidade da comida e da confeção, ainda assim, pagámos cerca de 23 € por um steak com molho de natas e cogumelos, um hambúrguer, duas Buds e uma tarte de maçã e canela com gelado. Parecia barato mas acabou por sair caro visto que o passeio na Feira do Livro acabou por ser feito a ritmo de má disposição!

RECOMENDO PARA BEBER UM BATIDO E APRECIAR A VISTA, NADA MAIS