domingo, 27 de março de 2011

Mellon Collie and the Infinite Sadness

Estante nova cá em casa implicou uma arrumação desejada de livros, CD's e DVD's, estes dois últimos muito desprezados desde que o mp3 e o divX tomaram conta do mercado. Como boa saudosista que sou, pus-me a recordar os tempos em que ouvia uma determinada música em modo repeat e teimosamente tentava decorar a letra que vinha no livro da capa do CD (que frustração que era quando não punham... bons exemplos disso mesmo eram os álbuns de Pearl Jam).
Um dos CD's que arrumei e que está num estado lastimável, com a capa partida e o livro a desfazer-se, é o duplo Mellon Collie dos Smashing Pumpkins, a minha banda de eleição na adolescência. Este álbum saiu quando eu tinha apenas 15 aninhos, após um aclamado e supreendente Siamese Dream, que ouvi de relance, muito diferente de tudo o que tinha ouvido até então. Tenho gravado na memória o dia em que entrei na sala de convívio da Secundária de Odivelas e o vídeo do bullet with butterfly wings passava numa TV. Uma obra prima dos anos 90, com 28 músicas cheias de raiva, amor, energia, poesia e beleza. Para mim o auge dos SP, e do seu awkward líder Billy Corgan. Quando comprei este álbum, que faz parte dos primeiros 5 que tive, fiquei de imediato fã do cd2 - twilight to starlight - deprimindo-me diariamente ao som de músicas como thirty-three, in the arms of sleep, 1979, stumbleine e by starlight, mas mais tarde comecei a dar preferência à parte mágica e bela e mais segura de si contida no cd1 - dawn to dusk - com tonight, tonight, zero, bullet with butterfly wings , an ode to no one e to forgive.
Aqui fica uma para recordar e lembrar os tempos de teenager.

RECOMENDO MUITO

2 comentários:

  1. Boas

    Quando falamos em smashing, só consigo pensar no Billy Corgan, porque ele era a alma da banda. Misterioso e ao mesmo tempo menino de coro, que por vezes passava-se da cabeça e explodia os sentimentos na voz de cana rachada. Boas composições e letras fortes. Apesar de não pertencer ao meu lote das bandas realmente preferidas, não deixam de ser uma das influências dos anos 90 e acima de tudo, fazem-me recordar os três longos mêses que passei na tropa em Tancos na EPE. Quando não ouvia no compact disc era na rádio e se não houvesse tecnologia por perto, era a voz de uma qualquer RECO (RECruta) que "berrava" as musicas como o tal Zé Cabra. Aquilo é que era tortura e não as tareias que levavamos dos sargentos.
    Penso que ao olhar para grupos como este, permitem-me analisar a evolução do meu consumo musical e verificar diferenças tão distantes que das duas uma: Ou é uma consequência normal do processo de envelhecimento de um individuo ou tornei-me bem mais selectivo aplicando o gosto ao estilo de vida e à normal transformação do gosto.
    Cumpimentos
    Rui

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  2. Quando penso que a minha banda favorita já foi Bon Jovi, ok, concordo contigo, mas já quanto a Smashing, continuo a achar uma grande banda, ou seja, quando oiço o Mellon Collie, não o sinto distante, demodé. Quando penso em Radiohead então... é a minha banda favorita há anos e continuo a achar que são os MAIORES :D

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