quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Artis Wine Bar

De entre as inúmeras possíveis escolhas no Bairro Alto, em Lisboa, o Artis ocupa sem dúvida um lugar de destaque.
Ideal para o fim de um dia, com poucos amigos, apreciadores de bom vinho, bom queijo e boa música. Longe do antigo Artis de balcão à entrada, cheio de turistas (nada contra, o mal necessário), uma tosta de frango que é uma mera sombra da famosa que tantas vezes me fez atravessar o bairro só para a degustar, decoração, conforto e "ambiente" melhorados, embrulhados neste "novo" conceito de wine bar, tão em voga.


Bem sei que pareço uma barata tonta a contradizer-me mas com isto só quero dizer que vale a pena ir, no entanto, não estejam à espera do velho Artis, para o bem e para o mal.
Devo ainda referir que a lista não se esgota em vinhos e queijos, há também os enchidos tugas, o polvo preparado de uma forma especial, batatas bravas, moelas e outros. Fuma-se lá dentro.
Sem dúvida um pequeno luxo a repetir.

RECOMENDO

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Concerto de Smashing Pumpkins no Campo Pequeno

Quando há uns tempos escrevi neste blog sobre um dos álbuns mais carismáticos de SP, nunca imaginei que os iria ver em breve, pela quarta vez .

Estive presente na Aula Magna (Maio 1998),
Coliseu dos Recreios (Janeiro 2000) e
Restelo (Outubro 2000)
e desde aí como que desisti de os seguir para todo o lado, optando por uma versão mais cabeça de rádio da vida.

Convenceram-me. Fui. E sem dúvida foi uma agradável surpresa. Gostei da sonoridade e poder das novas músicas e foi simplesmente delirante estar em 2011, em Lisboa, a ouvir o Billy Corgan a cantar várias músicas do Mellon Collie, numa noite de nevoeiro desgraçado (impregnou um misticismo à coisa). 
Foi engraçado ver que a maioria dos fãs já está velha, mas continua fiel e a saber as letras de cor, mesmo de b-sides, e que ele continua a presentear-nos com mimos já que foi o único concerto da tournée em que ele voltou sozinho para cantar/tocar a Disarm.
Foi um belo presente de Natal, neste ano de meias contenções, e para partir em jeito de um desejo de Boas Festas, deixo-vos com a Muzzle que foi um verdadeiro doce ouvir, juntamente com a letra, já que para mim é verdadeira poesia.


I fear that I'm ordinary, just like everyone
To lie here and die among the sorrows
Adrift among the days
For everything I ever said
And everything I've ever done is gone and dead
As all things must surely have to end
And great loves will one day have to part
I know that I am meant for this world
My life has been extraordinary
Blessed and cursed and won
Time heals but I'm forever broken
By and by the way...
Have you ever heard the words
I'm singing in these songs?
It's for the girl I've loved all along
Can a taste of love be so wrong
As all things must surely have to end
And great loves will one day have to part
I know that I am meant for this world
And in my mind as I was floating
Far above the clouds
Some children laughed I'd fall for certain
For thinking that I'd last forever
But I knew exactly where I was

And I knew the meaning of it all
And I knew the distance to the sun
And I knew the echo that is love
And I knew the secrets in your spires
And I knew the emptiness of youth
And I knew the solitude of heart
And I knew the murmurs of the soul
And the world is drawn into your hands
And the world is etched upon your heart
And the world so hard to understand
Is the world you can't live without
And I knew the silence of the world


RECOMENDO SEMPRE

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

La Brasserie de L'Entrecôte

Já não é a primeira vez que me delicio neste afamado restaurante da capital. A única alteração, das vezes que lá fui, é a companhia e, talvez, o vinho. Parece estranho dizer-se isto mas, na verdade, neste restaurante, o prato é sempre o mesmo, Entrecôte. Para quem gosta de carne de vaca, não há melhor. Para quem não gosta, também não há melhor!

Os bifes são servidos em fatias finas com um molho especial da casa que, dizem eles, tem dezoito ingredientes e é segredo do negócio. Se é mesmo secreto não sei mas que é maravilhoso, disso não tenho dúvida nenhuma. Acompanham batatas fritas das melhores que já comi. Finas, secas, deliciosas e à descrição. De entrada servem uma salada que pode ser a tradicional de rúcula, molho vinagrete e nozes, ou a nova salada de salmão, uma espécie de carpaccio de salmão marinado com tomate cherry a acompanhar. Pessoalmente, prefiro a de salmão mas qualquer uma é fantástica. Por fim as sobremesas, e que sobremesas! Quando chega a esta parte, o empregado trás um carrinho e os olhos começam logo a comer. Neste capítulo não vou fazer revelações mas deixo um aviso, as dietas aqui não têm lugar. Quando, no início, disse que apenas serviam entrecôte não estava a ser absolutamente preciso. Acho que também têm qualquer coisa macrobiótica ou vegetariana mas como não saio de casa para comer disso, nunca me apercebi.

O ambiente é muito acolhedor e o serviço cuidado. Quando se entra parece que o repasto vai sair caro mas a surpresa nunca é muito aborrecida, tendo em conta a qualidade da comida e do serviço. Cada pessoa paga cerca de 17€ pela refeição o que nos leva para um acumulado de  cerca de 25€ por pessoa, se não formos muito gulosos com o vinho. Para quem esteja interessado numa refeição a dois, mais intimista, e não queira sair alcoolizado do restaurante, pode pedir vinho a copo, uma opção bastante razoável e muito pleasure delayer.


RECOMENDO EM NOITES FRIAS DE INVERNO