No último verão, à boleia do Grupo
Desportivo e Cultural da empresa onde trabalho, visitámos um dos monumentos
mais interessantes de Lisboa, tanto pela sua vertente arquitetónica e cultural
como pelo impacto sócio económico que teve na cidade aquando da sua construção.
As estórias ligadas à decisão de avançar com o projeto, planeamento, efetiva
construção e diversas alterações ao plano original conforme se sucediam os respetivos responsáveis, são tão extensas e
variadas que não vou sequer tentar resumi-las. Há volumes literários que se
debruçam sobre estas temáticas de forma pormenorizada. Importa apenas dizer que
o Aqueduto entrou em funcionamento poucos anos antes do grande terramoto de
1755 e foi dos poucos edifícios que se manteve de pé na cidade (falo, nomeadamente, do vão sobre o vale de Alcântara).
É também interessante saber que foi uma obra que durou vários anos a ser
edificada e que, após a sua conclusão, não servia por completo as necessidades
da cidade, embora representasse um incremento considerável na distribuição de
água.
A visita foi dividida por dois dias.
Inicialmente, visitámos um troço de algumas centenas de metros entre o
Reservatório da Patriarcal, situado por baixo do jardim do Príncipe Real, e o
miradouro de São Pedro de Alcântara. Percorremos esta distância, sempre por baixo do chão,
através da Galeria do Loreto. Noutro dia passámos o
Aqueduto a pé por cima do vale de Alcântara, aquele dos arcos ogivais com quase
um quilometro de comprimento e 65 metros de altura. Algumas pessoas não acharam
piada a toda esta distância para terra firme e a solução encontrada foi andarem
sempre longe do muro exterior! Será que por medo de aparecer o Pancadas (Diogo
Alves)? Mas esse não foi condenado à morte e logo enforcado? Até dizem que tem
a cabeça decepada guardada num frasco algures para lhe estudarem a mente!!! Enfim,
foi uma experiência muito interessante, mais ainda para os fotógrafos wannabe
do grupo! Depois, como no primeiro dia, tornámos a descer abaixo do chão e
fomos até ao Reservatório da Mãe d’Água nas Amoreiras.
Reportagem sobre o Reservatório da Patriarcal
Por cerca de 2€, são
visitas que aconselho vivamente pela experiência de percorrer um monumento imponente
da cidade que tão importante foi para a melhoria das condições de vida dos
lisboetas e, de uma forma sempre atual no nosso país, tão grande derrapagem
financeira representou às cortes de então.
Site do Museu da Água
Blog do Museu da Água
Marcação de visitas: 218 100 215 ou museu@epal.pt
Site do Museu da Água
Blog do Museu da Água
Marcação de visitas: 218 100 215 ou museu@epal.pt
RECOMENDO COM UMA GUIA CATIVANTE COMO BÁRBARA BRUNO
Recomendo.Adorei ver e saber histórias que desconhecia,não é necessário gastarmos muito dinheiro para se ver coisas interessantes da nossa "terra".az
ResponderEliminarDemoraste a escrever no blog mas redimiste-te. Muito bem escrito! Gostei bastante das duas visitas e do estilo feroz e elucidado da guia. É bom vestir o papel de aluna de vez em quando.
ResponderEliminarDemorei a escrever!!! Mas isto não era uma coisa a dois?
ResponderEliminarEnfim, a bola está do teu lado :)
FG