
O que me leva a gostar deste autor é o excelente nível da
sua investigação histórica, a qualidade da sua escrita, empregando sempre termos
e expressões usadas à época, e, como disse antes, esta capacidade de promover
diálogos e discussões entre figuras que existiram com um rigor histórico aplaudido
por historiadores.
O Claustro do Silêncio foi o primeiro romance escrito por
Luís Rosa e retrata o período de domínio dos monges da Ordem de Cister que
faziam do Mosteiro de Alcobaça o seu centro nevrálgico. Desde a história de
Pedro e Inês, passando pelas invasões napoleónicas até à luta fratricida entre
liberais e absolutistas, tudo serve de cenário ao protagonista, um frade
chamado Elias Cravo que se debate com questões profundas como o conflito entre o
domínio tirânico do D. Abade do Mosteiro sobre as gentes dos coutos e todo a prosperidade que os frades traziam àquela terra. A companhia do jovem frei João de
Chiqueda é o mote que o leva a dispersar-se pela história do Mosteiro de
Alcobaça e pela sua própria história que também contempla Etelvina, Angélica,
frei Leão de Alvorninha e o padre
Rufino. Que nomes espetaculares!
Publicações de Luís Rosa:
O
Claustro do Silêncio – 2002
O
Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo – 2004
O
Amor Infinito de Pedro e Inês – 2005
Bocage
– A Vida Apaixonada de um Genial Libertino – 2007
O
Dia de Aljubarrota – 2008
Memória
dos Dias sem Fim – 2009
RECOMENDO
LEITURA ATENTA COM A CABEÇA DESOCUPADA