segunda-feira, 12 de agosto de 2013

As praias do nosso Verão - Episódio 1

No primeiro dia de férias fomos até à Costa da Caparica. Podia ter sido uma senda horrível, num trânsito de nos pôr os cabelos em franja? Podia, mas não foi a mesma coisa ir de motinha. Num instante pusemo-nos na praia do Infante onde nos deparámos com um casamento no bar Casablanca todo cinematográfico onde os convidados (nem de propósito) vinham todos vestidos de branco.

Aproveitei o dia de praia para ler um livro pequeno e "O Fogueiro" de Franz Kafka acompanhou-me no saco da praia. Para surpresa da minha ignorância sobre o escritor, este fragmento é apenas o primeiro capítulo do livro "Amerika" que muitas vezes é editado em separado porque pelo que parece foi a única parte autorizada a ser publicada pelo escritor, diretiva ignorada após a sua morte. 
Fez-me lembrar o início do Titanic, mas versão Miseráveis e com um toque de Charles Dickens (alguns intelectuais devem estar com vontade de me matar). Pareceu-me bastante cinematográfico mas com algumas reações de personagens despropositadas, incompreensíveis para uma geração tão afastada.

Seguiram-se uns belos caracóis afogados em panachés e mais meia dúzia de episódios de The Big Bang Theory, já no sossego do lar.

Para o primeiro dia de férias (deste ano) sem subsídio, foi bem bom  - espero que o Passos não seja seguidor deste blog :)

RECOMENDO A PRAIA DE MOTA
RECOMENDO O LIVRO (COMPLETO)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Joana Vasconcelos no Palácio da Ajuda

Julho, domingo de manhã, a pagar 10€, nunca pensei encontrar uma fila com mais de 30 pessoas a fazerem questão de entrar no Palácio Nacional da Ajuda para ver a exposição da Joana Vasconcelos. Bem sei que o estado do tempo não convidava à praia, mas mesmo assim surpreendeu-me. 

Quanto à exposição, não me surpreendeu. Gostei. Nem muito nem pouco. Gostei simplesmente. Ou seja, não é de se ficar de queixo caído, contudo vale a pena os 10€, caso não tenhamos visto nada da artista e ainda mais se não conhecemos o palácio da Ajuda. 

Gostei de passear no “Jardim do Éden (Maria Pia)", de me sentir pequenina ao lado dos sapatos “Marilyn”, feitos de tachos, do lustre “Carmen”, mas sem dúvida nenhuma que o “Coração Independente Vermelho” é o ex-líbris da exposição, feito de talheres de plástico, juntamente com o fado “Estranha Forma de Vida”, encantou-me durante largos minutos.